Fátima, altar do mundo ou a maior fraude da história moderna da religião católica?
Mês de Maio, mês de Maria, mês de Fátima! Iniciamos, aqui, uma saga de textos onde tentaremos dar corpo à desmistificação de um fenómeno que tem tudo para atrair multidões, mas pouco ou nada que prove a sua Veracidade, enquanto fenómeno divino como é considerado pela Igreja. E a nossa análise far-se-á não de fora para dentro: o santuário, a capelinha, os supostos milagres, as romarias, os cumpridores de promessas rastejando no lajedo, os papas vindo em peregrinação, etc., mas a partir de dentro, ou seja, a partir da própria mensagem do Anjo e da Virgem aos pastorinhos, tal como nos é narrada pela vidente Lúcia, no seu Livro de Memórias (consultável na Net).
Logo a priori, lançados os dados, é impossível conceber um ser divino inteligente – como o deveria ser a Virgem Maria – a cometer uma injustiça tamanha: aparecer a três crianças incultas, e só a mais velha, Lúcia (10 anos) a vê-la, ouvi-la e falar com ela, a outra, Francisco (9 anos), somente a ouvi-la sem a ver, e a terceira, Jacinta (7 anos), a vê-la e ouvi-la, sem poder falar com ela, naquele ambiente celestial, ali gerado num descampado pastoril, junto a uma pequena azinheira. Então, não deveriam os três ver e ouvir e falar com a Senhora? Não deveriam ser os três os arautos da Boa Nova? E brada aos Céus o apelo que a Virgem faz àquelas três crianças de usarem cilícios e se martirizarem pela conversão dos pecadores: um autêntico crime “divino”! Aliás, correspondendo involuntariamente a este apelo do sofrimento redentor, as duas crianças mais novas, Francisco e Jacinta, vêm a morrer sem praticamente terem atingido a idade da razão: aos 11 anos, Francisco, aos 10, Jacinta, sendo a mais velha, Lúcia, com a mesma idade da morte um tanto misteriosa dos primos, 11 anos, metida rapidamente num convento de clausura... Porquê? A Virgem vem à Terra com uma mensagem de salvação para a humanidade e os seus mensageiros, dois morrem logo após o fantástico acontecimento e um é enclausurado para nunca mais falar? Bastariam estes dois, três acontecimentos, que logo ressaltam à vista, numa primeira e empírica análise, para duvidar da veracidade das Aparições de Fátima como fenómeno divino. Mas analisemos mais em pormenor os supostos factos, a partir das supostas mensagens! O nosso coração fica oprimido e a nossa alma perplexa diante de tanta insensatez revelada pelos intervenientes e de tanta crueldade imposta pelo Céu à Terra! (Cont.)