quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) (8/?)

 
À procura da VERDADE no livro do Génesis - 2
 
- “Então, Javé Deus modelou o homem com a argila do solo. Soprou-lhe
nas narinas um sopro de vida e o homem tornou-se num ser vivente.
Javé Deus plantou um jardim no Éden, no Oriente, e aí colocou o homem
que havia modelado. (…) Além disso, colocou a árvore da vida no meio
do jardim e também a árvore do conhecimento do bem e do mal. Um rio
saía do Éden para regar o jardim e de lá dividia-se em quatro braços.
O primeiro, (…) Fison, (…) O segundo, (…) Géon (…) O terceiro, (…)
Tigre. (…)O quarto, (…) Eufrates. (…) E Javé Deus ordenou ao homem:
Podes comerde todas as árvores do jardim. Mas não podes comer da árvore
do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comeres,
com certeza morrerás. Javé Deus disse: Não é bom que o homem esteja
sozinho. Vou fazer-lhe uma auxiliar que lhe seja semelhante. (…) Então
Javé Deus fez cair um torpor sobre o homem e ele adormeceu. Tomou então
uma costela do homem (…), modelou uma mulher e apresentou-a ao homem.”
(Gn 2,7-22)
- De novo, a poesia ou a figuração! Se a Bíblia fosse escrita hoje - e realmente
 2 500 anos pouco ou nada são na história do homem - como se inspiraria
perante a teoria da evolução das espécies de Darwin? E que dizer do Éden,
ali no Oriente, donde brotavam, entre outros, os actuais Tigre e Eufrates?
Não tinham os Israelitas vindo do Ocidente, do cativeiro do Egipto, em direcção
a Canaã, a Terra Prometida? Teria sido necessária uma inspiração “divina”
para que pensassem que o Paraíso estava por ali bem perto, no Oriente das
suas esperanças? Mas… tudo isto pouco importa. A grande questão
neste trecho, é “a árvore do conhecimento do bem e do mal”. Porquê teria o
homem de pagar com a morte se dela comesse? Capricho divino ou… o eterno
dilema do Bem e do Mal que o homem não consegue explicar? Esta “invenção”
da árvore - aliás magnífica - não deixa de ser mais uma bela criação
poética bem necessária para dar sequência ao terrível desenlace da
expulsão do Paraíso… E ainda, que mulher conseguirá aceitar benevolamente
- para não dizer, sem revolta - este machismo bíblico de ter sido feita de uma
costela de Adão? E, já a seguir, de ter sido ela a enganada pela serpente e
a mediadora de pecado?
 
- “A serpente era o mais astuto de todos os animais que Javé Deus havia feito.
Ela disse à mulher: (…) Não, não morrereis! Mas Deus sabe que, no dia em
que comerdes do fruto, os vossos olhos abrir-se-ão e tornar-vos-eis como
deuses, conhecedores do bem e do mal. Então, a mulher (…) pegou no
fruto e comeu-o. Depois, deu-o também ao marido que estava com ela e
também ele comeu. Então, abriram-se os olhos aos dois e eles perceberam que
estavam nus. (…) Em seguida, (…) Javé Deus chamou o homem: (…) Acaso
comeste da árvore da qual Eu te tinha proibido comer? O homem respondeu:
A mulher que me deste por companheira deu-me o fruto e eu comi. (…) A
mulher respondeu: A serpente enganou-me e eu comi. Javé Deus disse então
à mulher: Vou  fazer-te sofrer muito na tua gravidez: entre dores, darás à
luz os teus filhos; a paixão vai arrastar-te para o marido e ele te dominará.
Javé Deus disse ao homem: Já que deste ouvidos à tua mulher e comeste
da árvore cujo fruto Eu te tinha proibido comer, maldita seja a terra por tua
causa. Enquanto viveres, dela te alimentarás com fadiga. A terra produzir-te-á
espinhos e ervas daninhas e comerás a erva dos campos. Comerás o teu pão
com o suor do teu rosto até que voltes para a terra, pois dela foste tirado.
Tu és pó e ao pó voltarás. (Gn 3,1-19)
- Que espantoso e terrível diálogo! Toda a nossa problemática existencial
joga-se neste instante do tempo ou… da eternidade! E tantas perguntas que
temos para te fazer, Santo Deus, Javé-Deus!  Tantas perguntas!...

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) (7/?)

 
À procura da VERDADE no livro do Génesis - 1
 
- “ No princípio, Deus criou o Céu e a Terra. (…) Deus disse:
Que exista a luz! (…) (1º dia) Que exista um firmamento…! (…)
(2º dia) Que as águas que estão debaixo do céu se juntem num só
lugar…! (…) Que a Terra produza relva, ervas…, árvores…, frutos…
cada uma segundo a sua espécie. (…) (3º dia) Que existam luzeiros
no firmamento…! (4º dia) Que as águas fiquem cheias de seres vivos
e os pássaros voem sobre a Terra…! (…) (5º dia) Que a Terra produza
seres vivos conforme a espécie de cada um… (…) Façamos o homem
à nossa imagem e semelhança! (…) (6º dia) Assim, foram
concluídos o Céu e a Terra com todo o seu exército. No sétimo dia, (…)
 Ele descansou. (…)” (Gn 1,1-26; 2,1-2)
- “No princípio…” Que princípio? Há 5 mil milhões de anos?
Correspondendo grosso modo cada dia da criação bíblica, a mil
milhões de anos? Desde a separação do elemento-terra do elemento-água -
“Que as águas que estão debaixo do céu se juntem num só lugar e
apareça o chão seco.” (Gn 1,9) - até ao aparecimento das ervas e árvores
na terra, peixes e animais no mar, aves no céu, animais no verde de
prados e florestas, e… finalmente, quase no fim do último milhar
de milhão de anos, o HOMEM para, senhor de tudo, tudo deitar a perder
com a sua desobediência a Deus?
- A narrativa é poeticamente bela. “… poema que contempla o Universo
como criatura de Deus. Escrita por elementos da Escola Sacerdotal
durante o exílio na Babilónia (586-538 a.C.), parte do caos onde não
há vida… (…) O esquema da semana simboliza a totalidade e
perfeição da iniciativa divina.” (Notas a Gn 1,1-2,4a, ibidem)
- Mas… logo desde este poético início, começa a Bíblia a humanizar
Deus: “Ele descansou.”! Depois… porque temos uma Bíblia de
símbolos? Vivemos nós de imagens, figuras, símbolos? Poderemos,
sem mais, aceitar uma eternidade que se baseia em imagens, figuras,
símbolos? E quem não entende? Porquê são necessários - repetimos -
sábios intérpretes para desvendar os segredos dos símbolos das
Escrituras - o LIVRO DA VERDADE? E os que não têm acesso a esse
saber? E eu que também não entendo ou não consigo aceitar tanta
simbologia de um Deus que, sendo eterno, a um dado momento do
tempo tem a iniciativa de criar o próprio tempo e o próprio espaço
onde tudo se move e existe mas… teve de descansar? Se isto é figurado,
porquê interessa que às vezes o seja e outras que seja realidade?
Como parece bem mais fácil acreditar num Deus, assim sem mais,
do que nesse Deus que parece tão inventado pelo Homem!!! E -
questão das questões no Génesis - que princípio foi aquele? No tempo
ou… na eternidade?!!! Como ler a Bíblia à luz da ciência que nos
diz ter o Universo do Big Bang uns 15 mil milhões de anos, o sistema
solar e a Terra, uns 5 mil milhões, o aparecimento da vida na Terra
uns 3,5 mil milhões, os dinossauros uns 200 milhões, a Lucy uns
4 milhões, o Homo sapiens sapiens uns 30 mil apenas?
- E quanto tempo teria estado o Homem no paraíso antes daquele
acto tresloucado de comer da maçã proibida? Pelo menos, o tempo
de dar nome a todos os animais então existentes! “O Homem deu
então nome a todos os animais…” (Gn 2,20)
- Aqui, diz-se em comentário: “Esta segunda narrativa da Criação,
elaborada nos tempos do rei Salomão (séc. X a.C.) (…) tem por base
a experiência do oásis na vastidão do deserto.”
(Notas a Gn 2,4b-25, ibidem)
- Então, há uma segunda narrativa! E escrita 400 anos antes da primeira.
A merecerem-nos credibilidade tais datas, que credibilidade “divina”
há nestes relatos poéticos repetidos ou complementares? Quão grande
é a tentação de os considerar apenas saídos da cabeça dos que
estavam sofrendo, prisioneiros em qualquer lugar ou errando pela
imensidão do deserto, encontrando algures um oásis que lhes sabia
a Paraíso!!! Depois, como se compreende - ou aceita - a “dança” do
tempo nestas escritas… de inspiração divina?

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Onde a Verdade da Bíblia? Análise crítica - Antigo Testamento (AT) (6/?)

INTRODUÇÃO VI
 
O Antigo testamento
 
- “O Antigo Testamento é uma colecção de 46 livros, onde encontramos
a história de Israel (…). É a História e um povo: mostra como surgiu,
como viveu escravo no Egipto, como possuiu uma terra, como foi governado,
quais as relações que teve com outras nações, como estabeleceu as suas
leis e viveu a sua religião. Apresenta os seus costumes, a sua cultura,
os seus conflitos, derrotas e esperanças.” (Introdução ao Antigo Testamento,
ibidem)
- Como é possível? Como é possível fazer livro de revelação divina,
base da existência de Deus, de um céu e de um inferno, a História de
um povo que vai construindo ao longo de gerações, as suas leis, umas de
convivência social, outras apelando para o divino, História de histórias,
bonitas sem dúvida, mas que podem não passar disso mesmo e serem apenas…
HISTÓRIA?
- “Nada do que se conta a respeito de Israel está desligado do seu
relacionamento com Javé. (…) O Antigo Testamento mostra como esse
povo se comportou em relação a Javé.” (idem)
- Como é possível que Javé ordene de tal modo as coisas que não deixa
qualquer iniciativa ao povo ou seus dirigentes? Não será simplesmente a
imaginação do autor “sagrado” a pôr na boca de Javé o que realmente os
homens fizeram ou decidiram fazer, segundo a tradição oral daquele
povo? Com que intenção? A de lhe conferir maior credibilidade, maior
força, mais fácil aceitação? Não deixam de ser estranhas, por exemplo,
aquelas medidas precisas da Arca da Aliança, as madeiras, os oiros…
aquele modo de sacrificar animais, que animais, quando… e tudo ordenado
por Javé! É, no mínimo, estranho!
- “Nesses cinco livros, encontramos histórias e leis que foram postas
por escrito durante seis séculos, reformulando, adaptando, actualizando
tradições antigas e criando novas. (…) As histórias aí contidas, na sua
maioria, nasceram no meio do povo e, primeiramente, eram histórias
de famílias, de clãs e de tribos que procuravam transmitir oralmente, de
geração em geração, ensinamentos e factos. Mais tarde, essas histórias
foram reunidas, modificadas e interpretadas para que todo o povo de Israel
pudesse espelhar-se nelas e para que elas expressassem a fé em Javé,
o Deus que liberta. (…) As leis pertencem a várias épocas e são directrizes
para o povo, nas diversas etapas da sua História.”
(Introdução ao Pentateuco*, ibidem)
- A História do povo de Israel… as histórias contadas de geração em
geração ao longo de seis séculos… as leis de um povo… porquê tudo isto
divino ou inspirado por Deus? Porquê se arroga Israel o direito de ser
“o povo escolhido”, onde Deus realizaria o projecto de Salvação do Homem?
Que credibilidade nos merece tal povo que viveu (e não vive ainda hoje?!…)
no meio de tanta confusão, ao longo de mais de um milénio, desde o cativeiro
no Egipto, passando pelo exílio na Babilónia, até à morte e ressurreição de
Jesus Cristo, morto pelos próprios irmãos que O viram nascer e que
continuam ainda hoje a não acreditar nele?
- E - espanto dos espantos! - como e porquê aceitou Jesus Cristo, aceitaram os
cristãos ao longo da História, aceitamos nós, tal “história” como a base
da nossa salvação eterna ou, simplesmente, da nossa vida eterna, num céu ou
num inferno? Como é possível? É certamente por isso que nós estamos
aqui, duvidando, procurando, questionando, para ver se se fará alguma luz. Não
disse Javé-Deus: “Fiat lux!”? Então, esperemos que se faça luz no nosso
espírito, em todos os espíritos abertos à Verdade, ao questionar essa
mesma Verdade quando se fica na penumbra do mistério e… de uma
duvidosa Fé!…
 
NOTA:
O Pentateuco é o conjunto dos primeiros cinco livros do Antigo Testamento:
Génesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronómio

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) (5/?)

 
INTRODUÇÃO V
 
Livro da VERDADE
 
- “Este é um livro de verdades absolutas, de verdades para todas as gerações.
É o livro da VERDADE! (…) de certezas eternas, garantidas por Deus.”
- lê-se na Introdução à 3ª edição da Bíblia, da Ed. Paulus.*
Verdade? Nós temos apenas uma verdade absoluta: num dado momento
do tempo, nascemos e logo noutro dado momento morremos. O resto… é
a VERDADE de que necessitamos. E esse resto é tanto! É… praticamente
tudo! É que uma curta vida como esta não tem sentido se não se prolongar
para além dela mesma. E… como se prolonga? Apenas na matéria…
eterna? E que eternidade? Uma eternidade indiferenciada ou uma eternidade
em que cada indivíduo continua mantendo a sua própria individualidade? E
com que espírito? Ou… com que corpo? E onde? Num céu, no tal Reino
dos Céus de tanto agrado de Jesus Cristo? Ou num inferno, também não
poucas vezes referido pelo mesmo Jesus Cristo? E como se alcança?
- É desta VERDADE que andamos à procura. Será que a encontramos? Será
que a Bíblia tem respostas ou… a RESPOSTA? - voltamos a perguntar.
- Mas terá de ser uma resposta que todos entendam e… claramente! Tanto
mais claramente quanto mais for uma resposta divina, venha-nos ela
dos profetas ou do próprio filho de Deus, Jesus Cristo! Ainda se fossem
humanos a escrever, poderia admitir-se alguma penumbra, alguma
confusão, algum obscurantismo na expressão das ideias. Agora Deus?
Deus que pode tudo, sabe tudo, conhece as limitações de todos e
cada um, tem que dizer as coisas tão claramente que a ninguém, a
nenhuma razão restem dúvidas do que realmente lhe acontece, nos
acontece, depois da morte!…
O que aconteceu antes de existirmos pouco ou nada importa. Importa
é o “durante e o “depois”. “Durante” para saber como alcançar o “depois”…
E, para tanto, é necessário saber, sem dúvidas, que “depois” é esse! E esse
“depois” não vemos que possa ser outra coisa senão o céu ou o inferno ou…
simplesmente NADA!!!
- Se é NADA, então gozemos a vida à vontade, comendo, bebendo, rindo,
amando, deixando-nos levar pelas inefáveis forças do prazer e da beleza
que, mesmo assim, terão de ser controladas porque os nossos limites
impõem-nos que “in medio, virtus”, que saber usar os limites é a melhor
maneira de ter o máximo de prazeres. Realmente, que te importa ter um
prazer até para além dos limites se, com ele, perdes a própria vida e,
perdendo-a, perdes tudo e todos os outros pequenos prazeres do comezinho
quotidiano? Objectivo máximo ou único seria: procurar em tudo e em todos,
o prazer de viver. A cada um, a forma de o descobrir, a cada momento de
vida, em cada circunstância, em cada lugar, em cada tempo! E continuaria
a haver o prazer físico do comer, beber, fazer amor… e o espiritual do
olhar o céu e os pores do Sol e a beleza, inebriando-te de sonhos em que
corpo e alma se envolvem tanto que já não saberias se estavas gozando
fisicamente ou espiritualmente… Depois…, vem a morte e com ela…
o NADA, o esquecimento total e absoluto perante o mundo e o Universo se
quiseres e… perante nós mesmos que de nós deixamos de ter consciência.
Acabou-se completamente tudo! E alguém ainda dirá, por pouco tempo
embora: “ No tempo de tal, existiu um tal que fez isto ou inventou aquilo…”
Depois… é o eterno esquecimento!
- É! Isto não deixa de ser estranho! Aparecemos num dado momento do tempo
e, sem escolha, depara-se à nossa frente uma eternidade, assemelhando-nos -
como já uma vez dissemos - a uma semi-recta: com começo e… sem fim!
É… muito estranho! Ou… é um apaixonante mistério?
- E o mais interessante é que o que se passa connosco passa-se com qualquer
ser vivo, com qualquer ser inanimado, do átomo às estrelas, ao próprio
Universo!
- Também com o próprio tempo? A tentação de termos tudo o existente
- espaço e tempo - como categorias de uma eternidade infinita - tudo
existindo num espaço sem limites - é grande! E não será mesmo assim?
Não será o tempo percebido por nós apenas porque nos apercebemos de
um “antes” e de um “depois”, para as coisas, em perpétuo movimento
que realmente não sabemos onde começou e onde vai acabar? Aliás,
porquê querer um princípio? Porquê querer um fim? Porque não considerar
tudo existindo desde sempre - eternidade - mas em contínua transformação,
sempre se movendo, sempre evoluindo ou voltando ao mesmo, de diverso em
diverso, ocupando espaço que o é só porque percepcionamos as coisas e nós
mesmos com um certo volume diferenciado? Mas, bem aprofundadas as coisas,
só temos volume porque nos percepcionamos com X dimensões, pois, na
realidade, somos conjunto de moléculas e de átomos, como o ar que nos
envolve, como o espaço inter-estelar… E como ser “infinito” e “eterno”
são prerrogativas de Deus…
- Quem nos poderá responder? Que Deus, ou melhor, Deus não poderá
revelar-no-lo? Ou - que outra tentação! - não será tudo, tudo, - e nós também -
o Deus que tanto ambicionamos conhecer? Não teremos a RESPOSTA
em… nós?!!!
- Se é céu ou se é inferno, aí…
- Aí, temos de acreditar em Jesus Cristo. Haverá alternativas ou melhores
fontes que os Evangelhos? Mas Jesus Cristo não é nada meigo! Não
contemporiza! Embora perdoe a Maria Madalena, dizendo-lhe: “Vai e
não voltes a pecar.” E… tantas outras coisas! Lá iremos, mais tarde. Até
lá,… goza a vida o melhor que puderes mas… não te esqueças de olhar
o céu!!!
- É que se o objectivo da vida é apenas o prazer, o prazer e viver… não é
apoucado objectivo? Quando chegares ao termo dos teus dias e espremeres o
conteúdo em que os ocupaste, que encontrarás? - Uma mão-cheia de coisa
nenhuma… Tudo consumiste na voracidade da procura do prazer! E este,
mal se goza, logo ali se acaba sem nada deixar a não ser o desejo de se ter
mais, até ao dia em que já nada há para se desejar… Excepto se foi o
prazer de dar, de te dares, de te solidarizares, de te entregares à vida
dos outros. Aí… Mas não nos alonguemos mais. Senão não paramos de nos
questionar e de… infernizar as nossas vidas. Se calhar, tem mesmo de haver
um céu e um inferno! Céu para os que tiveram o prazer de dar… Inferno
para os que só pensaram em receber… Mas uma eternidade a compensar ou a
castigar uma vidazita de apenas os tais setenta, noventa ou cem anos, num
dado tempo e num dado lugar? Assim sendo, onde nos levaria tal realidade?
Se a luz não vier com estas antigas Escrituras, esperemos por Jesus Cristo.
Acreditemos que Ele será a RESPOSTA!
- Vamos então, à procura da VERDADE na Bíblia do Antigo Testamento!
A Bíblia que precedeu e anunciou aquele que disse: “Eu sou o caminho,
a VERDADE e a vida.” Que revelações teremos? O que nos será dado
entender por esse Deus que dizem tê-la inspirado?
- Só uma coisa mais: Que dizer da afirmação: “(…) certezas eternas,
garantidas por Deus”? Quem ousa garantir em nome de Deus, seja o que for,
a não ser o próprio Deus? Que fundamento têm estas garantias a não ser a
garantia da fé? Então,…
 
NOTA:
As introduções e notas referidas ao longo do livro, são as da versão da Bíblia, da
Sociedade Bíblica Católica Internacional, PAULUS 1993.