segunda-feira, 27 de abril de 2015

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 60/?

À procura da VERDADE nos livros dos REIS – 4/5

- A questão dos milagres não é pequena questão. Haverá 
religião que apresente tantos milagres como a religião judaico-cristã? 
Não se fundamentou Jesus Cristo nos seus milagres para afirmar 
a sua condição de Messias? (“Ide e contai a João: Os cegos vêem, 
os mudos falam, os coxos andam…”) (Mt 11,5) Uma dúvida 
metódica permanece, dúvida que sentiremos premente aquando da 
análise do NT: Jesus fez mesmo aqueles milagres e disse tal frase 
ou foi o evangelista que inventou tudo (frase e milagres) para atingir 
os seus objectivos de divinizar o mesmo Jesus e transformá-lo em 
Cristo, o Messias?
- Realmente, a pergunta é sempre a mesma: Houve ou não milagre? 
Houve ou não facto sobrenatural inexplicável - melhor! - não 
possível à condição do ser humano? Que conclusão tirará alguém que 
constatar tais eventos, em relação à sua vida eterna? Simplesmente 
fica na dúvida do será-não-será, esperando que um dia se faça luz 
e se expliquem tais fenómenos ou muda radicalmente a sua vida em 
função da mensagem recebida? E que mensagem? Divina ou… 
simplesmente humana? E existe ou não uma força divina exterior, 
superior, que tudo pode para além da matéria, sobrepondo-se e 
dominando a própria Natureza? Se existe, se opera milagres, 
porque não são esses milagres totalmente convincentes para quem 
os faz e para quem os observa, dando certezas absolutas de toda a 
nossa realidade, sem nos termos de ater aos abomináveis mistérios 
que destroem, corroem a nossa paciência mental, de tais coisas tentar 
entender sem conseguir passar além de uma total incapacidade de 
entendimento?
- Entretanto, guerras continuam na dicotomia de vitórias-derrotas, 
sendo estas castigo por o rei fazer “o que Javé reprova” (2Rs 8,18).
- Segue-se a carnificina dos adoradores de Baal, para dar cumprimento 
à palavra de Javé! “Vede bem se há aqui somente devotos de Baal 
e não de Javé. (…) Entrai e matai-os a todos (…) Quem deixar 
escapar um só (…) pagará com a própria vida.” (2Rs 10)
- Tremendo! Inaceitável! Até faz lembrar as guerras dos cristãos 
contra a “moirama” e as chacinas então havidas por uns seguirem 
Maomé e Alá e outros a Jesus Cristo e… Deus-Pai! Como em nome 
da religião se fizeram – e não se fazem? – os maiores crimes de que 
há memória!
- Não exageremos! Houve outros certamente bem piores, acompanhados 
de torturas inauditas que a pérfida mente humana não tem tido pejo 
em inventar. Lembremos apenas as crucificações dos romanos, os 
aparelhos de tortura medievais, a fogueira da Inquisição, os campos 
de gás nazis, a espada para decepar cabeças usada pelos radicais 
muçulmanos actuais… (Estes, certamente “obedecendo” ao seu querido 
profeta Maomé que manda matar todos os que não se quiserem 
converter, se opuserem ou criticarem a “sua” santa religião… Ou, apenas 
por sadismo e por se sentirem com o poder que as armas lhes dão?)
- Interessante é constatar que, naquela época, são muito mais os reis 
que fazem o que Javé reprova do que os seus súbditos! 
(2Rs 13;15;16;18;21) Desmandos da realeza, ironicamente escolhida pelo
 próprio Javé…

- E, mesmo morto, Eliseu realiza o último milagre da sua história: 
ressuscita um morto que, por acaso, cai em cima dos seus ossos, no túmulo!…
 (2Rs 13,21) O cúmulo!!!


                                          Uma lição de um fervoroso crente. 
                                         Pena que seja tão pouco crítico...
                                   (Publicado com a devida vénia e publicitando o site)












terça-feira, 21 de abril de 2015

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 59/?


À procura da VERDADE nos livros dos REIS – 3/5

- A riqueza, o luxo, o fausto de Salomão (1Rs 10) é, no mínimo, 
chocante. Nada de ajudar os pobres da sua Terra - que os haveria 
certamente! - nem de Terras vizinhas como conviria a um rei 
abençoado por Javé. Tudo gastava no Templo, no palácio e no 
aparato militar. De outro modo, como poderia obrigar tantos povos 
a contribuírem para a sua imensa riqueza?
- “Além da filha do Faraó, o rei Salomão amou muitas mulheres 
estrangeiras: moabitas, amonitas, edomitas, sidónias e heteias (…). 
Enamorou-se perdidamente por elas. (…) Teve setecentas esposas e 
trezentas concubinas.” (1Rs 11,1-3)
- Mil, no total! Não fazia por menos: “miúda” que se lhe cruzasse 
no caminho, ou esposa ou concubina! Só não se referem as 
dezenas - ou centenas? - de filhos que tão apaixonados amores e 
tão diversos e… tão numerosos, deram ao mundo…
- Mas não foi por estes devaneios sexuais, a que só um rei poderia 
ter acesso, que Javé vai castigar Salomão. A história é outra: 
“Quando ficou velho, as mulheres desviaram-lhe o coração para os 
deuses estrangeiros. (…) Fez o que Javé reprova (…) para agradar 
às suas mulheres estrangeiras (…) Javé irritou-se contra Salomão (…)” 
(1Rs 11,4-9)
- Mulheres estrangeiras poderia ter as que quisesse. Agora, os deuses 
delas… nem pensar! Era evidentemente um atentado ao santo Javé!
- Castigo? – Revoltas dentro do próprio povo, na guerra da sucessão - 
pois quem não quereria herdar tal riqueza?… Enfim, Salomão morre e 
fica a confusão: na política e… na fé!
- Quando não é Javé que aparece para ordenar os acontecimentos, 
delega-se em profetas: “(…) Aías (…) profetizou-me que eu seria rei 
deste povo.” (1Rs 14,2) - diz Jerobão. Mas, o que aconteceu foi 
o pior! Morreu Jerobão e sucedeu-lhe Roboão, na mesma linha de 
pecado! Então… - castigo! - “O rei do Egipto atacou Jerusalém. 
Tomou posse dos tesouros do Templo e do palácio real. (…) E houve 
até prostituição sagrada!”(1Rs 14,24-25)
- A “prostituição sagrada” mereceria um longo comentário, mas 
deixamo-lo à fantasia dos leitores e cointérpretes destes “sagrados”
 textos…
- Outros reinados se sucedem, no meio de mortes, guerras, atentados… 
Tudo, porque faziam “o que Javé reprova.” (1Rs 16,30)
- Com o profeta Elias, a quem Javé fala, voltam os milagres 
espectaculares (1Rs 17), pois só com milagres - espectaculares! - é 
que o povo acreditava - ou continuava a acreditar! - que Javé era o 
Deus de Israel! “Javé mandou um raio que consumiu a vítima, a lenha, 
as pedras e as cinzas e secou a água que estava no rego. O 
povo viu tudo isso e prostrou-se no chão exclamando: Javé é o Deus 
verdadeiro! Javé é o Deus verdadeiro!” (1Rs 18,38-39).
- Mas também Elias manda matar os profetas que não eram da sua 
“cor”! “Elias fez descer os profetas de Baal até ao riacho Quison e 
ali os degolou.” (1Rs 18,40)
- Claro que Javé aprovou tal mortandade e salvou Elias da morte 
com que o rei o ameaçou!...
- Conclusão sem novidade: este é mais um livro sobre a história de 
um povo que nela introduziu Javé a quem atribui vitórias e derrotas: 
aquelas, como recompensa, estas, como castigo! (1Rs 20; 21 e 22) 
Sempre que o rei ganhava a batalha era Javé que entregava nas suas 
mãos tal ou tal inimigo. (1Rs 22)
- O 2º Livro dos Reis inicia-se com mais milagres espectaculares 
de Elias, sendo este arrebatado e levado ao céu por Javé, também em 
aparatoso milagre das águas do Jordão que se separam, um carro de 
fogo que aparece, um redemoinho que o leva ao céu…(2Rs 1 e 2)



                                           Um carro de fogo transporta Elias até ao Céu!

- E o seu sucessor Eliseu, em milagres, vai quase rivalizar com 
Jesus Cristo! O primeiro é o milagre da purificação das águas que 
faziam abortar as mulheres. Mas, imitando Eliseu que eliminou os 
profetas seus adversários, logo ali, mata quarenta e dois garotos. 
Razões?  - Estavam-no molestando, ao chamarem-lhe careca! 
Claro: em nome de Javé! (2Rs 2,19-24) E, já que falamos de 
garotos, uma pergunta marota: “Como conseguiu ele atrair 
para a morte todos aqueles garotos?” É de desconfiar, não é? Mas, 
acaso não era preciso ter respeito para com o homem que falava 
com Javé? Então, o grande Eliseu decidiu-se por uma “educação” 
radical: matarem-se os miúdos e pronto: não haveria mais faltas de 
respeito! Assim é que é ensinar, não é, caro Eliseu!
- Segue-se mais uma vitória - vergonhosa! - pois a intervenção 
milagrosa de Javé, através do milagre do aparecimento de água, 
protagonizado por Eliseu, ludibriando os olhos dos inimigos a 
verem sangue em vez de água… desfez o equilíbrio das forças, em 
favor, claro, de Israel. (2Rs 3)
- E… mais milagres! Multiplica o azeite de uma mulher para pagar 
as dívidas do marido… Profetiza a concepção do filho numa rica 
sunamita que o havia acolhido em casa, mas que era estéril e o marido 
de idade avançada… Ressuscita esse mesmo filho que entretanto 
morrera… Faz com que o veneno das ervas deixe de o ser, juntando 
farinha na sopa… Multiplica os pães… Cura um leproso… Enche de 
lepra um dos seus servos, porque caíra no pecado da cobiça… 
Recupera o machado do rio… Adivinha o lugar onde se encontram 
os inimigos de Israel… Salva Israel da fome… Adivinha sete anos de 
fome para aquela região (2Rs 4-8)…


                                                 Eliseu ressuscita  o filho da sunamita

- Milagres! Tantos milagres! Que credibilidade nos merecem? – 
Obviamente, nenhuma. Estes, como todos os outros que nos são 
narrados abundantemente na Bíblia, AT e NT, e dos quais 
voltaremos a falar, aquando da análise crítica dos evangelhos.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 58/?


À procura da VERDADE nos livros dos REIS – 2/5

- Pedira Salomão sabedoria a Javé. Que Javé lha concedeu, 
manifesta-se na célebre história das duas prostitutas que disputavam 
o menino vivo, pois ambas tinham dado à luz e uma das crianças 
havia morrido. “O rei disse: Cortai o menino vivo em duas partes 
e dai metade a cada uma. Então a mãe do menino vivo suplicou: 
Meu senhor, dá-lhe o menino vivo, não o mates. A outra porém dizia: 
Não será nem para mim nem para ti. Dividam o menino ao meio
Então, o rei pronunciou a sentença: Entregai o menino vivo à primeira 
mulher. Não o mateis pois é ela a sua mãe.” (1Rs 3,16-27)


- A cena é… comovente e bela. A narrativa, com arte. Raros são os 
textos bíblicos que não são maçudos, repetitivos, enfadonhos. Aqui, 
não! A narrativa é simples, elegante, clara, incisiva. É… bela. A 
condizer com a cena.
- Só mais uma pergunta: Não teve o autor “sagrado” de escrever 
tais elogios a Salomão para que este não tivesse o mesmo destino 
dos seus opositores? Não tinha o “povo escolhido” de ter um herói a 
ver todas as barbaridades cometidas, sancionadas por Javé? Que 
conveniência, santo Deus! Que - mais uma vez! - descredibilidade!…
- Salomão organiza o país, não esquecendo, obviamente, os cobradores 
de impostos… E, assim, “Salomão recebia diariamente para os seus 
gastos, mil e quinhentos litros de flor de farinha, e vinte e sete mil litros 
de farinha comum, dez bois cevados, vinte bois de pasto, cem carneiros, 
além de veados, gazelas, antílopes e aves de ceva. (…) Salomão possuía 
estábulos para quatro mil cavalos de tracção e doze mil cavalos de 
montaria.” (1Rs 5)
- É! Realmente, o povo vivia para servir o rei e a sua corte… Não deveria 
ser o contrário, Javé? Porque não te insurgiste contra tanto luxo e tanta 
riqueza? E, certamente, tanta opressão do povo obrigado a servir os 
seus senhores, com tamanhos gastos diários?
- Salomão constrói um Templo para Javé e… um palácio para si! “(…) 
Recrutou em todo o Israel, mão-de-obra para os trabalhos forçados; 
conseguiu reunir trinta mil operários, (…) tinha também setenta mil 
carregadores e oitenta mil cortadores de pedras nas montanhas, (…) três 
mil e trezentos capatazes (…)” (1Rs 5,27-30).
- Não será gente a mais?… E três mil e trezentos capatazes? Bem, 
realmente para dirigir tantos escravos, pois era de trabalhos forçados que 
se tratava… Lamenta-se que mais uma vez Javé tenha silenciado tal 
atentado contra o povo trabalhador. Mas, enfim, tratava-se de construir 
o “seu” Templo!


- E o Templo, afinal, era pequeno: 30m x 10m x 15m.(1Rs 6,2). O palácio 
era um pouco maior: 50m x 25m x 15m (1Rs 7,2). Comparados com 
quaisquer igrejas ou palácios que abundam por esse mundo fora…
- No entanto, o requinte foi certamente inigualável: tudo revestido a ouro 
ou cedro do Líbano! A Arca da Aliança foi colocada “no recinto do 
Templo chamado Santíssimo, sob as asas dos querubins.” (1Rs 8,6).
- Acabado o Templo, Salomão reza: “Javé, Deus de Israel, não existe 
nenhum Deus como Tu, nem no alto céu, nem cá em baixo na Terra.(…) 
Cumpriste a promessa (…) Agora mantém a promessa (…) Ouve (…)” 
E continua suplicando a Javé protecção em todas as agruras da vida para 
ele e para o povo. (1Rs 8,23-53) “(…) Se Te invocarem voltados 
para a Terra que deste aos teus antepassados, para a cidade que escolheste 
e para o Templo que construí ao teu nome, escuta do céu onde moras (…)” 
(1Rs 8,48-49)
- Há que rezar, não é? E não teria sido aqui que Maomé se inspirou para o 
seu preceito de quando rezassem, o fizessem virados para a sua cidade 
santa: Meca? Que Deus único é este que está em toda a parte mas mais 
numa parte do que noutras?!
- Depois, mais uma vez - que obsessão! - “O rei e todo o povo de Israel 
ofereceram sacrifícios diante de Javé (…): vinte e dois mil bois e cento e 
vinte mil ovelhas.” (1Rs 8,62-63)

- Eia, tanto animal!… Ou os números não são estes ou… realmente 
exageraram! Só se foi para dar de comer aos cento e oitenta e três 
mil e trezentos trabalhadores que se ocuparam da construção do Templo 
e do palácio de Salomão… Terá sido? Mas, mesmo assim, só os bois 
chegariam ou só as ovelhas sobrariam. Enfim, “biblices”, obviamente 
sem qualquer valor histórico.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 57/?

À procura da VERDADE nos livros dos REIS – 1/5




- “Os livros dos Reis relatam acontecimentos que vão de 971 a 561 a.C., 
continuando a história da monarquia iniciada com Saul e David.” 
(Introdução aos Livros dos REIS, ibidem)
- A pergunta é, de novo, incontornável: “ Como uma história de reis dos 
israelitas pode ser livro “sagrado” ou fazendo parte das “Sagradas 
Escrituras”, referentes da revelação divina para a humanidade inteira, 
fonte de informação em ordem a alcançar a vida eterna que é o que nós 
procuramos? Mas… comecemos!
- Em Israel, luta-se pela sucessão ao velho rei David que, de velho, já não 
conseguia ter relações com a jovem mais bonita em todo o território de 
Israel!… (1Rs 1,2-4) No entanto, jurara pela vida de Javé que quem se 
sentaria no seu trono seria Salomão. Então,… “Viva o rei Salomão!” 
(1Rs 1,29-39) O irmão Adonias, vencido na competição ao trono, é 
rapidamente eliminado. Razões? - Ousou pedir em casamento a formosa 
Abisag de Sunam. Não sabemos o que esta formosa jovem representava de 
perigo para o trono de Salomão. O que é certo é que Salomão exclama 
do alto da sua ira (aprendera com Javé?!!!): “Pela vida de Javé, (…) hoje 
mesmo Adonias será morto.” (1Rs 2,24)
- Fácil, não é? Não é divino mas é… divinal! Haverá melhor maneira de 
se ficar livre de um concorrente do que simplesmente eliminá-lo, 
matando-o?!
- E, não contente ou… não seguro no seu trono, mata também o chefe 
do exército, Joab, simpatizante de Adonias. “Mata-o e enterra-o!” 
(1Rs 2,31) E ainda Semei que, por ter infrigido um juramento, em nome 
de Javé, mas, ao que transparece do texto, sob coacção do próprio rei, 
é por este mandado matar, exclamando em delírio de morte: “E bendito 
seja o rei Salomão e que o trono de David permaneça diante de Javé para 
sempre.” (1Rs 2,45)
- Que poderemos dizer deste início de reinado salomanesco tão cruelmente 
ensanguentado? Como é possível que Javé não tenha logo ali escolhido 
outro que outro coração de bondade tivesse? Como? Mas não! Ouçam:
- “Entretanto, o povo oferecia sacrifícios (…) e Salomão ofereceu mil 
holocaustos (…)” (1Rs 3,2-4) e Javé ficou tão “comovido” que deu a 
Salomão tudo quanto este lhe pedira e ainda mais do que lhe pedira!… 
“Javé apareceu em sonhos a Salomão. Deus disse-lhe: Pede. O que 
queres que te dê?” (1Rs 3,5) Com a humildade possível, em tais 
ocasiões, Salomão tem aqui rasgos de grande inspiração: “Tu, Javé meu 
Deus, fizeste reinar o teu servo em lugar de David, meu pai. Eu sou 
muito jovem e não sei como governar. (…) Ensina-me a ouvir, para 
que saiba governar o teu povo e discernir entre o bem e o mal.” (…) 
Agradou ao Senhor que Salomão tivesse pedido estas coisas. Então, Deus 
disse-lhe: Porque pediste isto e não vida longa nem riquezas, nem a 
morte dos teus inimigos, mas discernimento para ouvir e julgar, farei o 
que pediste. Dar-te-ei mente sábia e inteligente como ninguém teve antes 
de ti e ninguém terá depois. Dar-te-ei também o que não pediste: 
riqueza e fama de modo que não haverá nenhum rei que te iguale, 
durante toda a tua vida. E… se observares os meus mandamentos, 
conceder-te-ei vida longa.” (1Rs 3,7-13)

- Tudo muito bonito ou… muito conforme à conveniência! Apenas duas 
pertinentes perguntas: “Como aparece Javé em sonhos a um Salomão que 
eliminara - convenientemente! - três homens que lhe faziam sombra? E não 
sabe a falsa modéstia aquela de Salomão: «Eu sou muito jovem e não sei 
como governar.»?”