domingo, 11 de setembro de 2016

A Vida humana: Que valor? Que sentido?



1 – O valor da VIDA

Para um analista crítico, logo, mais baseado na inteligência e na razão do que na emoção, a VIDA apresenta-se-lhe como o bem supremo, um bem acima de qualquer outro, e isto tanto do ponto de vista natural, como numa análise filosófico-existencial ou numa perspectiva psicológico-emocional.
Naturalmente, perante o perigo, adoptamos instintivamente uma atitude de defesa e de salvamento, tentando resguardar as partes essenciais do corpo: cabeça e tronco; puro instinto de sobrevivência.
Filosoficamente falando, constatamos que o dom da vida é condição sine qua non para que qualquer coisa nos aconteça. Obviamente, nada pode acontecer a um não-existente. 
Psicológico-emocionalmente, podemos/devemos arriscar a vida apenas e tão só para defendermos outras vidas, sobretudo as dos que nos são próximos ou queridos.
E… ponto final!
Assim sendo, ficam de fora:
1 - Os mártires de todas as religiões, pelas suas convicções, tanto os santos da Igreja católica, a começar pelos apóstolos, como os kamikazes japoneses da Segunda Guerra Mundial ou os actuais suicidas do Islão.
2 - Os que vão para a guerra, sabendo que têm fortes possibilidades de morrer, não para salvar outras vidas mas porque não puderam escapar aos ataques dos inimigos. E todos sabemos que as guerras são derivadas ou da incapacidade de diálogo entre os Homens em contenda ou da ganância dos mesmos Homens, sempre desejosos de mais poder e mais haveres, quer para si quer para aquilo a que chamam de Pátria, alimentando o chorudo e perverso negócio das armas.
3 - Os que arriscam a vida só pelo sentir da adrenalina em desportos radicais e extremamente perigosos, embora nos casos de guerra (nem sempre!) e desportos perigosos, se tomem todas as precauções possíveis para que se preserve a mesma vida.
Várias perguntas se colocam nestes últimos ítens:
1 – Que lavagem ao cérebro fazem os gurus religiosos aos que se dispõem a morrer como mártires por uma causa religiosa? Não são criminosos tais gurus pois atentam contra o bem supremo de um ser humano: a VIDA? O mesmo se pergunta aos generais japoneses que, em nome da pátria, mandaram aqueles jovens pilotos para a morte, e a todos os radicais islâmicos que levaram/levam tantos jovens ao suicídio por causa nenhuma, melhor, para causarem terror e sofrimento.
2 – No caso de guerra, tudo se torna mais complicado.
2.1 – Há o juramento de soldados: lutar até à morte pela defesa da Pátria. Mas… o que é a defesa da Pátria? Obviamente, considerando a vida o supremo bem, tal juramento deveria ser banido das sociedades e resolver a defesa da Pátria de outro modo. Se somos humanos, porque não o diálogo e o entendimento? Obviamente, o negócio das armas está sempre presente…
2.2 – Há a declaração de guerra de um país a outro. E lá vão os soldados para a morte. Mais ou menos esperada. De ambos os lados. No final, não se contam vidas perdidas. Contam-se “baixas” e ganha quem teve menos baixas. Um número! Uma vida transformou-se num número. Crime, obviamente! E os declarantes de guerra são condenados por terem ceifado milhares de vidas? – Não! Esta é a realidade do mundo que tivemos até agora – e de que a História dá conta – e do mundo que temos. Aliás, lendo bem a História conhecida do Homem, constatamos que toda ela – com raras excepções – é feita de guerras, de mortes, de sangue, de desumanidades. É sumamente triste mas é a verdade. É que, perante certos princípios – falsos, obviamente – a VIDA de um ser humano nada conta.
3 – Nos desportos radicais, quem arrisca sabe os riscos que corre. E faz uma escolha. Quando corre mal, acabou-se a VIDA, acabou-se TUDO. Valerá a pena?

Conclusão genuína: NEM MÁRTIRES NEM GUERRAS E OS FOMENTADORES DE MÁRTIRES OU GUERRAS, DEVERIAM SER TODOS ELIMINADOS DA FACE DA TERRA, LOGICAMENTE, PELA MORTE QUE tão facilmente DEFENDEM PARA OS OUTROS!
Conclusão ainda mais lógica e contundente: se querem morte e terror, que sejam kamikazes os gurus religiosos e que vão para a frente de batalha todos os generais e políticos que decidem a guerra, para serem os primeiros a morrer, mostrando os supostos valores da defesa da Pátria que defendem...





3 comentários:

  1. Neste blog, pela busca intransigente da VERDADE e com o último intuito de deixar, à partida, o mundo melhor do que o encontrámos à chegada, tomámos, há tempos, o compromisso de fazer a análise crítica dos vários livros ditos sagrados e nos quais as religiões actuais se baseiam para “venderem” as suas falsas verdades. Começámos, obviamente pela Bíblia, AT (onde nos encontramos na análise actual), seguindo-se, depois, o Novo Testamento.
    Mas põe-se-nos um problema de não somenos importância: a análise crítica do Corão. Risco de vida e ameaças de morte, se formos honestos na nossa crítica, e outra atitude não poderíamos aceitar? – Certamente! Ora, dado considerarmos a VIDA como supremo bem, nada justifica que a arrisquemos pela defesa da Verdade, atacando ideias e escritos que, cedo ou tarde – nem que tal leve milénios! – cairão de podres porque sem sentido humano e muito menos divino, se é que o divino anda por aí…

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  2. E o assassino que, deliberadamente, tira a outro o dom supremo da vida? Merece continuar vivo, usufruindo daquilo que a outro não permitiu? Esta é uma questão que nunca entendi. Não consigo aceitar que a sociedade permita a um assassino deliberado continuar vivo. É, sem dúvida, uma enorme, uma gritante, uma monstruosa injustiça!

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  3. Mas se a sociedade não permitir que um assassino continue vivo, está a fazer exactamente a mesma coisa que o assassino fez: tirar a outro o dom supremo da vida!

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