domingo, 12 de março de 2017

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 127/?


À procura da VERDADE nos livros Proféticos


ISAÍAS – 4/17

 - “Povos, armai-vos quanto quiserdes, que sereis derrotados (…) 
porque Deus está connosco. (…) Assim me disse Javé, 
enquanto me segurava pela mão e me proibia de seguir o 
caminho deste povo (…) Chamai Santo somente a Javé dos 
exércitos; só dele tende temor e terror. Ele será uma armadilha 
(…) para os habitantes de Jerusalém. Muitos tropeçarão nela, 
cairão, serão despedaçados, serão presos e capturados.” 
(Is 8,9-15)
- Mais uma vez, Javé do terror que castiga, faz cair, despedaça… 
Que tristeza de Javé, Santo Deus! Depois, Javé a derrotar os 
exércitos…, quem pode acreditar tal coisa? É que derrotas ou 
vitórias são devidas ou à inépcia de comandantes militares ou à 
superioridade do exército contrário. E haverá livro no mundo que 
de tantas guerras seja testemunho, como a Bíblia? E com Deus, 
sempre de permeio? Que insensatez! Que divino tão 
humano-selvagem-primitivo!…
- “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz (…) Porque 
nasceu para nós um menino (…) e chama-se “Conselheiro 
maravilhoso”, “Deus forte”, “Pai para sempre”, “Príncipe da paz. 
(…) e a paz não terá fim sobre o trono de David. (…) O zelo de 
Javé dos exércitos é que realizará tudo isto.” (Is 9,1-6)
- Comenta-se: “Em 732 a.C., o rei da Assíria toma os territórios da 
Galileia (…) O povo (…) teme o avanço assírio mas o profeta 
mostra que Javé libertará os oprimidos e trará a paz. Na base 
desta esperança (…), está o filho herdeiro de Acaz (…) Mateus 
reinterpreta este oráculo, vendo a sua realização na vinda de Jesus 
à Galileia (Mt 4,13-16)”. (ibidem)
- Constata-se, pois, que mais uma vez, a história anda de 
permeio com a suposta profecia de inspiração divina, sem se saber 
qual delas existiu primeiro… Ora a realidade é esta: tudo se joga 
no concreto das pessoas, na sua ganância ou perversidade e os 
oprimidos têm que se libertar pelas suas próprias forças se não 
quiserem ser sempre escravizados pelo mais forte. Ontem… como 
hoje! Depois, que paz não teve fim - e tantas vezes! - no trono de 
David? Finalmente, a interpretação de Mateus parece um tanto 
descabida, mas o apelo a este oráculo foi certamente uma boa 
forma encontrada para convencer os judeus indecisos a aderir 
ao cristianismo nascente e para os quais as Escrituras eram sagradas 
e… incontestáveis!
- “Javé, porém, fortalecerá contra esse povo o seu adversário 
Rason e incitará contra ele os seus inimigos: os arameus pelo 
Oriente e os filisteus pelo Ocidente e devorarão Israel. (…) Javé 
cortará a cabeça e a cauda de Israel (…). O notável ancião é a cabeça; 
e o profeta, mestre de mentiras, é a cauda. (…) Por isso, Javé não 
terá piedade dos jovens nem se compadecerá dos órfãos e das viúvas 
(…)” (Is 9,10-16)

- Bastante incompreensível tal oráculo. Parece que Israel estava 
orgulhoso demais e não nos caminhos de Javé. Por isso, Isaías não 
perdoa!… E os ataques a Israel sempre foram ao longo da Bíblia 
interpretados como sendo uma espécie de exercício/divertimento 
de castigo aplicado por Javé…, o que continua sendo um 
completo nonsense da atitude de Deus! Enfim, que profeta 
mentiroso seria aquele? Alguém com quem Isaías se 
incompatibilizara?… Ou que não partilhava das mesmas 
ideias… políticas?!

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