sábado, 24 de junho de 2017

Existir: drama ou a glória de ter vindo à vida? 1/2



                                                       
A realidade que somos e em que nos movemos

(Texto fundamental sobre a VERDADE DO HOMEM)

1 – Esqueçamos tudo o que dizem as religiões acerca do Homem 
para nos debruçarmos sobre o que ensina a Ciência, pois só a Ciência 
nos torna sábios e conhecedores da REALIDADE. As religiões, com os 
seus deuses antropomórficos, i. é, criados à imagem e semelhança do 
Homem (os seus céus, infernos, eternidades…), não merecem qualquer 
credibilidade, sendo as “verdades” que afirmam e apregoam, fruto apenas 
da fantasia e da emoção, nada tendo de racional.
2 – A VERDADE é que, quando nos olhamos e sentimos, facilmente nos 
apercebemos de que:
2.1 – somos um ser vivo composto por biliões de partículas de matéria e 
de energia;
2.2 – aparecemos num dado momento do Tempo, vindos do Nada, com a 
certeza absoluta do desaparecimento em um momento posterior, 
regressando ao mesmo Nada;
2.3 – partilhamos o nosso estar aqui e agora com biliões de outros 
seres – os inanimados (dos átomos às estrelas) transformando-se muito 
lentamente, e os animados sujeitos ao mesmo imperativo rápido, o mesmo 
ciclo inexorável do nascimento, vida e morte;
2.4 – tudo o que nos diz respeito se passa num pequeno astro – a 
Terra – astro que pertence ao TODO ONDE TUDO SE INTEGRA E SE 
TRANSFORMA, incluindo o UNIVERSO;
2.5 – não conseguimos percepcionar nem as distâncias, nem a 
grandiosidade do Universo conhecido;
2.6 – ignoramos completamente se o TODO EXISTENTE É OU NÃO 
INFINITO E ETERNO, numa total incapacidade de conceber o infinito 
(sem contornos e limites) e o eterno (sem princípio nem fim) – exactamente 
porque pertencemos ao Tempo e ao Espaço, perguntando-nos: 
“Se tudo teve um princípio, o que houve antes desse princípio? Se tudo 
tem um fim, o que há para lá do fim?”. Sob um ponto de vista matemático, 
poderemos dizes que tudo se move dentro do infinito. É que, se 
considerarmos um ponto e fizermos passar por ele, uma linha recta 
imaginária,essa linha perde-se no infinito; aliás, não só uma, mas um 
número infinito delas…
2.7 – Deus só tem sentido se se considerar ser esse TODO ETERNO E 
INFINITO ONDE TUDO SE INTEGRA, SE MOVE E SE TRANSFORMA; 
nós também, obviamente.
3 – A Ciência já pôs ao nosso dispor:
A – a HISTÓRIA deste Universo – o único conhecido; B – as DISTÂNCIAS 
nele observáveis, desde as infra-atómicas às inter-galácticas.
A – HISTÓRIA
C. 13,5 mil milhões de anos – nasce, com o Big Bang, este Universo, o 
único conhecido,
C. 5 mil milhões de anos – nasce o sistema solar,
C. 4,5 mil milhões de anos – nasce o Planeta Terra,
C. 3,5 mil milhões de anos – aparece a VIDA na Terra,
 C. 200 milhões de anos – aparecem os dinossauros,
 C. 65 milhões de anos – desaparecem os dinossauros,
 C. 5 milhões de anos – aparecem os hominídeos,
 C. 50 mil anos – aparece o sapiens sapiens do qual somos nós os 
descendentes.
C. 10 mil anos – aparecem as religiões panteístas e politeístas
C. 3 mil anos – aparece a religião monoteísta judaica, seguida da 
cristã (c. 2 mil anos) e da muçulmana (c. 1400 anos)
B – DISTÂNCIAS
1 - Imperceptíveis, quando falamos de nano ou infra-atómicas – inimagináveis
2 - Detectáveis e mensuráveis microscopicamente, quando entre átomos ou 
moléculas – imagináveis
3 - Facilmente mensuráveis, no domínio do material quotidiano, do insecto, ao 
Homem, aos objectos pequenos ou grandes que nos rodeiam – mensuráveis
4 - Mensuráveis mas difíceis, quando não impossíveis de imaginar:
4.1 - Diâmetro da Terra – c. 12.700 kms
4.2 - Diâmetro do Sol – c. 1.400.000 Kms
4.3 - Diâmetro do Sistema solar – c. 5.000.000.000 kms
4.4 - Diâmetro da Galáxia Via Láctea – c. 100.000 anos-luz
4.5 - Diâmetro deste Universo - desconhecido
4.6 - Distância à estrela mais próxima (Próxima Centauri) – c. 4 anos-luz
4.7 - Distância da Via Láctea à Galáxia mais próxima, 
Andrómeda – c. 2 milhões anos-luz
4.8 - Distâncias inter-galácticas (milhares de milhões de 
galáxias!) – desconhecidas
4. 9 - Dimensões das muitas nebulosas conhecidas e buracos 
negros – desconhecidas
4.10 - Distância deste Universo a outros Universos hipoteticamente 
existentes – totalmente desconhecidas

Esta a nossa realidade, este o nosso mistério que, afinal, não é mistério 
nenhum. Tudo está muito claro: somos um SER INEXORAVELMENTE 
A PRAZO, tendo vindo à vida na imparável voragem em que se movem 
matéria e energia, num aparente caos ou numa harmonia perfeita, sendo 
fruto da contínua transformação em que tudo se move no TODO 
INFINITO E ETERNO!

1 comentário:

  1. No próximo texto, debruçar-nos-emos sobre as conclusões que, em lógica racional, deveremos ter em conta, dada a realidade que nos assiste.

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