segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 147/?

À procura da VERDADE nos livros Proféticos

JEREMIAS 7/15

- “Dirás o seguinte: Assim diz Javé: «Se não Me obedecerdes 
seguindo a lei que vos dei e se não obedecerdes às palavras dos 
meus servos, os profetas, que sem cessar vos envio, se não os 
escutardes, então vou fazer deste Templo o que fiz ao santuário 
de Silo e desta cidade farei um objecto de maldição para todos os 
povos da Terra.» Os sacerdotes, os profetas e todo o povo ouviram 
Jeremias dizer isto no Templo de Javé. Depois, (…) os sacerdotes 
e os profetas prenderam-no, dizendo: «Tu deves morrer (…) Este 
homem deve ser condenado à morte porque profetizou contra esta 
cidade. (…)». «Foi Javé que me mandou profetizar contra este 
Templo e esta cidade (…) Agora, emendai a vossa conduta e 
acções: obedecei a Javé, vosso Deus e Javé desistirá das ameaças
que proferiu contra vós.»” (Jr 26,4-13)
- O falar contra as autoridades religiosas do tempo ia-lhe custando 
a vida. Naquele tempo, nos tempos de hoje, que diferença? Mas, 
se acaso eles tivessem emendado a conduta, o “castigo” - invasão 
e destruição de Jerusalém - não se teria concretizado? Duvidamos 
fortemente, perante a sede de poder de Nabucodonosor.
- “Quanto a vós, não deis ouvidos aos vossos profetas e adivinhos, 
intérpretes de sonhos, feiticeiros e magos que vos dizem: Não
ficareis submetidos ao rei da Babilónia. Porque eles profetizaram 
mentiras (…)” (Jr 27,9-10)
- Certamente seriam apenas vozes com ideias diferentes das de 
Jeremias sobre a proximidade dos acontecimentos. Mas aqui, não 
há dúvidas: Jerusalém caiu mesmo nas mãos do rei da Babilónia! 
Jeremias … acertou!
- “Hananias (…) que era profeta (…) falou (…) diante dos sacerdotes 
e de todo o povo, dizendo: Assim diz Javé dos exércitos, o Deus de 
Israel: Vou quebrar o jugo do rei da Babilónia. Dentro de dois anos, 
farei voltar para este lugar todos os objectos do Templo de Javé (…) 
Jeremias disse ao profeta Hananias: Escuta-me, Hananias: Não foi 
Javé que te mandou e levaste este povo a acreditar numa mentira. Por 
isso, assim diz Javé: Vou retirar-te da face da terra; ainda este ano 
morrerás porque pregaste a revolta contra Javé. E Hananias morreu 
nesse mesmo ano.” (Jr 28,1-17)
- Obviamente, também Hananias falava em nome de Javé mas… 
não acertou. Tal desacerto custou-lhe a própria vida, não pela mão 
dos homens mas do próprio Javé. Que verdade haverá nisto? Não 
expressaria Hananias apenas uma opinião à moda dos profetas que 
tudo colocavam na boca de Javé? Tanto o amor como o ódio? Aliás, 
aqui, o mesmo texto que profetiza a morte de Hananias revela o 
cumprimento da profecia. É, pelo menos, confuso!
- “Assim diz Javé dos exércitos, o Deus de Israel, a todo o povo que 
levei de Jerusalém para o exílio na Babilónia: Construí casas para 
morardes, plantai pomares e comei os seus frutos, casai-vos, gerai 
filhos e filhas, arranjai esposas para os vossos filhos e maridos para 
as vossas filhas (…) Multiplicai-vos em vez de diminuir. Lutai pelo 
progresso da cidade para onde vos exilei e rezai a Deus por ela, pois 
o progresso desse lugar será também o vosso progresso.” (Jr 29,4-7)
- É espantoso como os judeus cumpriram, então como hoje, tal conselho 
de Javé. Espalhados por todo o mundo, têm o mundo nas mãos pois 
souberam criar riqueza, apoderar-se dos sistemas produtivos dos países, 
dominar bancos, petróleos, ouro, diamantes… Só lhes falta conseguir 
a “Terra Prometida”. Mas também para que querem eles uma Terra 
Prometida? Não têm a Terra inteira a seus pés? Não é a Terra inteira 
a sua Terra Prometida? 
Se pensassem assim, bastar-lhes-ia um pedaço de Jerusalém para se 
sentirem felizes e terem a tão desejada paz, no perene conflito em que 
estão enleados até à medula, sem conseguirem libertar-se das teias da 
guerra e do ódio… Mas parece que aí não chega a sua enorme e 
reconhecida inteligência e sagacidade. Ou… perversa maldade?!
Quanto à profecia, mais uma vez, estamos perante uma interpretação 
puramente religiosa da História.

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