sábado, 14 de outubro de 2017

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 150/?

À procura da VERDADE nos livros Proféticos

JEREMIAS 10/15

 - “Ao fim de cada sete anos, todos darão liberdade ao seu irmão 
hebreu, que haviam comprado e que já lhes havia servido durante 
seis anos. Devem dar-lhe então a liberdade.” (Jr 34,14)
- Porque é que a Bíblia sanciona a escravatura? Falta de coragem 
de Javé? Porque não apregoou, defendeu a igualdade entre todos os 
Homens perante Deus - o Criador - e os outros Homens? Seria uma 
revolução ou… uma reposição da verdade? Ou havia - há? - Homens 
que são mais Homens do que outros? O que é certo é que a escravatura 
proliferou pelos tempos fora, encheu de dinheiro os bolsos de reis e 
senhores, semeou o sofrimento em muitas gerações… Onde estava 
Javé? Onde esteve Javé para condenar? É que isto não é um problema 
menor! Bule com a dignidade humana. E foi apenas há dois mil e 
quinhentos anos! E é a actuação de um Deus eterno, omnipotente, 
omnisciente! Tais factos não deixam de causar perplexidade às nossas 
mentes inquisidoras mas não rebeldes.
- “Quando a gente de Judá tomar conhecimento de todas as desgraças 
que estou a planear fazer contra eles, talvez cada um se converta 
da sua má conduta e Eu possa perdoar as suas faltas e pecados.” 
(Jr 36,3)
- Se o castigo dos pecados era a invasão pelo rei da Babilónia, 
desejoso de glória e poder, acaso tal invasão não se teria dado se a 
gente de Judá tivesse mudado de conduta? - voltamos a perguntar.
- “No nono mês do quinto ano de Joaquim (…) foi convocado um 
jejum em honra de Javé a todo o povo de Jerusalém (…)” (Jr 36,9)
- Que jejum? E porque “precisava” Javé de um… jejum? Porquê se 
“diverte” a Bíblia a “inventar” mais sacrifícios ou sofrimentos ou 
privações para a vida quando esta se encarrega de no-los apresentar 
na rotina do dia-a-dia? A Bíblia e a Igreja que se lhe seguiu, pois 
até há pouco tempo, o jejum e a abstinência eram imposições da 
Igreja aos seus fiéis. Não em sentido metafórico de conversão, mas 
real no não comer carne ou no se abster dos prazeres da “outra” 
carne…, glorificando o sacrifício como penhor da salvação eterna.
- “(…) O rei mandou (…) prender o escrivão Baruc e o profeta 
Jeremias. Javé, porém, escondeu-os.” (Jr 36,26)
- Foi Javé que os escondeu ou foram eles que conseguiram 
ludibriar os seus perseguidores? Não é intrometer demasiado 
Javé em tudo o que é ou são questiúnculas de humanos? Se eu 
fosse Javé não permitiria que abusassem assim do meu Nome! 
Será que Javé permitiu? Melhor: não será Javé simplesmente uma 
figura gerada na imaginação dos patriarcas daquele tempo…?!
- “Sedecias, filho de Josias, sucedeu no trono…” (Jr 37)
- Aqui, comenta-se: “O texto refere acontecimentos de 587 a.C.: 
o exército babilónico cerca Jerusalém mas é obrigado a retirar-se 
diante de uma investida do exército egípcio comandado pelo faraó 
Hofra. Jeremias fora preso por um grupo nacionalista; este não 
aceitava o realismo político do profeta, que via a submissão a 
Nabucodonosor como única saída. Interrogado pelo rei, Jeremias 
desafia os falsos profetas e confirma a sua própria convicção: 
Jerusalém não escapará à dominação babilónica.” (ibidem)

- E nós, sem qualquer maldade, perguntamos: O realismo político 
era de Javé ou de Jeremias? A convicção de que Jerusalém não 
escaparia à dominação babilónica era de Javé ou de Jeremias? 
Ou este estava de tal modo impregnado do espírito de Javé que 
quando emitia uma opinião era a “opinião” de Javé que emitia 
e… vice-versa? Como poderemos aceitar tal situação sem 
contestarmos? Como? Enfim, porque é que as opiniões 
contrárias às de Jeremias eram tidas por provindas de falsos 
profetas?… Não há dúvidas: estes profetas e estes exegetas 
levam-nos a uma total descrença na Bíblia..

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