sábado, 24 de fevereiro de 2018

Voltando ao conceito de Deus


Afinal, quem é Deus?
Deus é «O TODO ABSOLUTO, TODO ONDE TUDO SE INTEGRA, DO ÁTOMO ÀS ESTRELAS, AO UNIVERSO, CONTENDO TODO O CONHECIDO E DESCONHECIDO – PORQUE É INFINITO – E EM TODO O TEMPO E TODO O LUGAR – PORQUE É ETERNO».
Por isso, os deuses de todas as religiões existentes ou que existiram são falsos,
simplesmente porque são humanóides, i.é, inventados e construídos à imagem e semelhança do Homem, não podendo ser nem eternos nem infinitos.
Ora vejamos:
Na História das religiões e civilizações, primeiro, já com alguma consistência, aparecem-nos os deuses solares egípcios, cujos poderes eram interpretados pelos sacerdotes e assumidos pelos faraós, também eles considerados deuses e imortais. Solares porque se relacionavam directamente com o Sol, a força suprema que estava na origem de Vida na Terra: sem o seu calor, nada existiria, óbvia constatação pelos sábios de então.
Depois, ali perto, na Ásia Menor, Fenícia e Mesopotâmia, despontaram outros deuses, como Baal ou El (deus fenício da Vida), Cibele (deus-mãe frígia), Ashur (principal deus assírio), Marduk (deus babilónio que terá ditado o código ao rei Hamurabi), Shamash (deus solar babilónio da justiça), deuses contra os quais os hebreus – cujo nome veio a mudar-se para israelitas – criaram, dois ou três milénios mais tarde, o “seu” Javé, a quem atribuíram os epítetos de único e verdadeiro. Mas que Javé, santo Deus! Como classificá-lo? – Partidário de Israel e seu povo, o auto-intitulado povo eleito, e sanguinolento, ciumento, violento, raramente perdoando ou compreendendo as fraquezas humanas: nitidamente ao serviço do poder político e religioso instalados.
Do Oriente, chegavam pela mesma altura, os deuses hindus, trinitários: Brama (o deus supremo, criador do Universo), Vixnu (o deus conservador da ordem, da paz e do amor universal) e Shiva (o deus destruidor, simbolizando o Mal ou o oposto a Vixnu); mais tarde, chegou o semi/deus, mais filósofo que deus, Buda, que deu origem ao budismo.
Entretanto, na clássica Grécia, nascia uma panóplia de deuses, cada um interpretando ou incarnando forças do Homem ou da Natureza, desde o sentimento do amor (Afrodite) ao da força do mar (Posseidon), vivendo todos num idílico Olimpo, onde pontificava o todo-poderoso Zeus, não sem questiúnculas entre eles, como se se tratassem de super-humanos.
Imitando-os, dois séculos mais tarde – tudo ainda antes de Cristo – os romanos latinizaram aqueles deuses, chamando-lhes Vénus, para o amor, Neptuno para a força do mar, Júpiter para o comando dos Céus, etc.
Com Jesus, a quem chamaram de Cristo e de Filho de Deus, chegou um novo monoteísmo, sucedendo, dentro da religião judaica, ao monoteísmo de Javé. E, por oposição a Javé, este era Pai, misericordioso, amigo dos Homens que tinha por filhos, salvador do mesmo Homem que tinha escorraçado do Paraíso, por ter pecado, mas que, agora, queria resgatar do pecado então cometido pelo primeiro homem: uma “teoria” bíblica, sem pés nem cabeça, pura fantasia que ainda é hoje ensinada como verdade…
Finalmente – e também monoteísta – aparece-nos Alá, deus inventado por Maomé para dar consistência à sua religião que foi inventando e passando ao livro dito sagrado e divinamente inspirado, o Corão, opondo-se à Bíblia judaica, mas imitando-a…, religião que serviu para se instalar militarmente em toda a Ásia Menor, tendo os seus sucessores continuado a construção do grande Império, primeiro arábico-muçulmano, depois Otomano.
São todos deuses construídos/inventados à imagem e semelhança do mesmo Homem, tanto na sua psicologia, quanto no seu habitat: têm sentimentos iguais aos humanos, vivem em Céus, rodeados de servidores e de mordomias, cheios de poder sobre o mesmo Homem que os inventou. Isso aplica-se mais aos monoteístas: Javé, Pai de JC e Alá, mas também a alguns deuses solares e à trindade hindu. Os politeístas romanos, gregos, fenícios, etc., embora com poderes sobre os humanos, eram mais formas de interpretar o Grande Desconhecido, Desconhecido que a Ciência tem vindo pouco a pouco a desbravar.
Este Deus único, Infinito e Eterno, remete-nos para um PANTEÍSMO UNIVERSAL, tudo sendo partículas d’Ele, tudo em transformação, na diversidade de formas que a matéria e a energia vão criando no que nos é dado conhecer – e é tanto, santo Deus, embora tão pouco face ao que a Ciência supõe existir dentro e fora do Espaço Infinito!...
É neste Deus que nós, cada um de nós se integra, como aglomerado de moléculas energizadas e que vão evoluindo, do nascimento até à morte, já que, como as estrelas – estrelas que também morrem por terem começado um dia! – pertencemos ao Tempo, não deixando de ser partículas de Deus, sendo, antes de o ser, apenas hipótese nos átomos e moléculas existentes, depois um ser vivo, enfim e novamente, átomos e moléculas prontos para formarem outros seres animados ou inanimados, na eterna dinâmica que assiste ao Grande Desconhecido…
E este é o único Deus racionalmente verdadeiro. Os outros, monoteístas ou politeístas, humanóides, inventados por uns tantos ditos iluminados, que os conseguiram impor à humanidade ignorante e/ou não racionalmente crítica, não merecem qualquer credibilidade!

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 164/?


À procura da VERDADE em EZEQUIEL – 164/?
6/13

- “O rei de Babilónia foi a Jerusalém, tomou o rei (…) fez com ele 
um acordo, obrigando-o a fazer um juramento (…) Mas ele 
revoltou-se contra o rei da Babilónia e mandou mensageiros a 
procurar o Egipto para que o Egipto lhe fornecesse cavalos e 
batalhões.” (Ez 17,12-15).
- Comenta-se: “Um país pequeno não tem vantagens em recorrer a 
uma grande potência para se ver livre de outra igual ou parecida. 
Já era a posição de Jeremias que, enfrentando incompreensão e 
calúnias, aconselhava simplesmente a submissão à Babilónia. 
Verdadeiramente, o próprio Deus era quem estava empenhado na 
salvação e prosperidade do povo.” (ibidem)
Tal conclusão do empenho de Deus sem salvar o seu povo parece-nos 
sem nexo, no contexto político que se descreve. Depois, não são 
ideias políticas as que Ezequiel apresenta, ao defender uma política 
de submissão e não uma política de alianças? Não coloca na boca de 
Javé tais palavras para lhes dar força junto dos seus ouvintes? E - 
incontornável pergunta - que nos importam a nós, crentes ou não 
na Bíblia como livro sagrado, o “Livro da Verdade da Salvação 
Eterna”, as ideias de Ezequiel naquele momento e naquele lugar?
- “Assim diz o Senhor Javé: Juro por minha vida que vou 
castigá-lo por ter desprezado o meu juramento e quebrado a 
minha aliança. (…) Até os mais escolhidos comandos do seu 
exército cairão mortos em combate.” (Ez 17,19-21)
- Parece tratar-se de Sedecias que quebrara o juramento com 
Nabucodonosor, rei da Babilónia. Então, como perceber que Javé 
“queira” usurpar tal juramento? E, conjuntamente, “assenhorear-se” 
das atrocidades cometidas por Nabucodonosor? Seria necessário 
este “escândalo” divino inventado por Ezequiel para justificar a 
morte atroz sofrida por Sedecias e os seus, às mãos de 
Nabucodonosor? Que credibilidade nos merece tal escritor 
“inspirado”? Que inspiração divina é esta?!
- “ O indivíduo que pecar, esse é que deverá morrer. Se o 
indivíduo é justo e pratica o direito e a justiça; se não come nos 
montes, não adora os ídolos imundos da casa de Israel; se não 
desonra a mulher do seu próximo, nem se aproxima da mulher 
menstruada; se não explora ninguém mas devolve o penhor de 
uma dívida; se não rouba ninguém, mas dá o seu pão a quem tem 
fome e veste quem não tem roupa; se não empresta com usura 
nem cobra juros; se evita praticar a injustiça e procura fazer um 
julgamento justo entre as pessoas; o indivíduo que age de acordo 
com os meus estatutos, que guarda as minhas normas, praticando 
correctamente a verdade, esse indivíduo é justo e certamente 
permanecerá vivo - oráculo do Senhor Javé.” (Ez 18,4-9)
- Embora fosse de inteira justiça que apenas morresse quem pratica 
o mal, a realidade é que “à morte ninguém escapa, seja bom, mau 
ou papa”! Depois, aparecem-nos uma série de normas “divinas” 
que de divino só têm o serem colocadas na boca de Javé, pois 
todas elas são bem ou demasiado humanas! Mais: o que é isso de 
“comer nos montes”? E que dizer do “pecado” em se aproximar 
da mulher menstruada?! Enfim, o que é “praticar correctamente a 
verdade”? 
- “Entoa uma lamentação sobre os chefes de Israel (…)” (Ez 19,1)
- Aqui, comenta-se: “A sua política de alianças com as grandes 
potências da época não resultou e acarretou a ruína de todo o povo.” 
(ibidem) Certo! Mas, mais uma vez, são apenas as ideias políticas 
de Ezequiel, sem que nelas se vislumbre algo de divino ou de 
divinamente inspirado.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 163/?


À procura da VERDADE em EZEQUIEL 
5/13

(O texto a que se referem os próximos comentários foi publicado 
no final da mensagem anterior)
- Bonita é a simbologia do desenvolvimento de Jerusalém, tal jovem 
que desabrocha para a adolescência até à idade do amor e dos enfeites. 
E Javé não descurou tais encantamentos!
Claro que é tudo simbologia! Mas porquê Jerusalém, cidade de Javé? 
Porquê sempre considerada a sua cidade santa? Porquê mesmo Jesus 
Cristo vai chorar sobre ela e sobre os seus filhos? Porquê até o epíteto 
de “Jerusalém celeste”?
Aqui, vejamos o comentário: “Ezequiel faz um retrato simbólico 
da história de Jerusalém: de humildes origens pagãs, Jerusalém 
tornou-se, no tempo de David, a capital de todo o reino de Israel. 
Desse modo, Jerusalém é o símbolo concreto da aliança amorosa 
entre Deus e o seu povo.” (ibidem)
Não é totalmente descabida de fundamento a afirmação “símbolo 
concreto”? Porque se mistura tanto o real histórico com a intromissão 
de Javé na mesma História?
E comenta-se ainda: “Jerusalém é a esposa amada de Javé. Mas 
ela é infiel, prostitui-se (…) A adúltera tem relações com os 
vizinhos; primeiro com os egípcios, depois com os assírios e 
babilónicos. Ora essas alianças políticas com outras nações são 
atitudes de infidelidade, gestos de prostituição muito caros que 
acarretam prejuízos impensáveis para os filhos, sacrificados aos 
deuses importados e para a mãe que não tira qualquer proveito 
ao oferecer-se perdidamente. (…) Sodoma era o exemplo da 
corrupção total. (…) Samaria foi destruída em 722 a. C., por causa 
da idolatria. Pior do que elas é Jerusalém (…)” (ibidem)
E nós perguntamos de novo: «Porquê esposa amada de Javé? 
Quem criou tal mito em que nos “obrigam” a acreditar? As 
relações que Jerusalém tem com os vizinhos - prostituições, como 
o profeta adora chamar-lhe! - não serão tentativas políticas para 
salvar a pele e não ser destruída? Porquê então, condenáveis?»
Mais uma vez parece que Ezequiel quis camuflar as suas ideias 
políticas, contrárias está bem de ver, às alianças com povos vizinhos, 
em nome de uma não-perca de identidade nacional, debaixo da 
capa das invectivas de Javé contra Jerusalém. É a mistura total do 
real histórico com o visionário supostamente divino! Aliás, aparece a 
mesma confusão na afirmação: “Destruída por causa da idolatria”.
- “No entanto, Eu lembrar-Me-ei da aliança que fiz contigo, quando 
eras jovem e farei contigo uma aliança eterna.” (Ez 16,60)
- Até que enfim! Um Javé tolerante! Uma lufada de ar fresco em 
tantas prostituições! Mas… até quando, Ezequiel?


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 162/?


À procura da VERDADE em EZEQUIEL
4/13

- “Eu sou Javé cujos estatutos vós não seguistes (…) Pelo contrário, 
imitastes os costumes das nações vizinhas.” (Ez 11)
- Muitas vezes tem Javé de se afirmar! Realmente perante um povo 
de cabeça dura como era aquele seu eleito!… E imitar as nações 
vizinhas era - é! - assim tão pecado?
- “(…) Que ditado é esse que corre pelo país de Israel: Os dias vão 
passando e a visão não se realiza! (…) A visão que este tem é para 
daqui a muitos anos. (…)? Diz aos que profetizam conforme os seus 
próprios interesses: (…) Ai dos profetas estúpidos que inventam 
profecias, coisas que nunca viram, seguindo a sua própria 
inspiração! (…) Têm visões inúteis e previsões enganosas, esses 
que andam dizendo: Oráculo de Javé, quando não foi Javé que 
os mandou. (…) E não é que continuais a ter visões inúteis e a 
fazer previsões erradas? (…) Enfrenta as mulheres do teu povo 
que profetizam conforme os seus próprios interesses. (…)” 
(Ez 12-13)
- Temos de perguntar: Sendo tudo linguagem simbólica ou não, não 
descortinamos aqui um Ezequiel a impor as suas ideias políticas às 
de outros, o que hoje poderíamos chamar de oposição/situação, 
acusando aquelas de não serem inspiradas por Javé e as suas 
serem-no? Depois, vem o espantoso lugar dado às mulheres! 
Infelizmente, desta vez, também como falsas profetisas…
A propósito, comenta-se: “A palavra de Deus não exclui as 
mulheres. De facto, em Israel, encontramos diversas profetisas 
e videntes: Maria, Débora, Hulda. Levado pela insegurança, o 
povo vive em busca de alguém que lhe possa dar orientação 
(…): até as mulheres avançam com práticas que roçam a magia.” 
(ibidem)
É! Naquele tempo, muitos profetas havia! E hoje? Onde estão eles, 
sobretudo os inspirados por Deus? É que, dos outros, dos falsos, 
parece haver por aí muitos!...
- “(…) Assim diz o Senhor Javé a Jerusalém: (…) Já no dia do 
teu nascimento te deitaram fora. (…) Então, Eu fiz-te crescer 
(…) Cresceste, fizeste-te grande e chegaste à flor da juventude, 
formaram-se os teus seios e chegaste à puberdade (…) Notei 
que estavas na idade do amor. (…) Fiz um juramento e 
comprometi-Me contigo em aliança - oráculo do Senhor Javé - de 
modo que passaste a ser minha. Em seguida, dei-te um banho, 
lavei o sangue que estava no teu corpo e ungi-te com óleo. 
Depois vesti-te com roupas bordadas, calcei-te com sapatos de 
couro fino, cingi-te com um laço de linho e cobri-te com 
um véu de seda. Enfeitei-te com ornamentos: coloquei pulseiras 
nos teus pulsos e colares ao teu pescoço; coloquei um anel no teu 
nariz, brincos nas orelhas e uma coroa belíssima na cabeça. (…) 
Tornavas-te cada dia mais bonita e ias tomando ares de rainha. (…) 
Tu, porém, confiaste demasiado na tua beleza. A tua fama tornou-te 
prostituta e passaste a entregar-te ao prazer com qualquer transeunte. 
Tomaste as tuas roupas e com elas enfeitaste com várias cores os 
lugares altos onde te prostituías. (…) Fizeste imagens de homens 
com as quais te prostituíste (…) Como se as tuas prostituições não 
bastassem, ainda mataste os meus filhos e os entregaste para 
serem queimados em honra dessas estátuas. (…) Construíste um 
lugar de pecado (…) entregando o teu corpo a qualquer transeunte 
(…): actos de prostituição! (…) Também te entregaste aos egípcios 
(…): prostituições! (…) Tornaste-te prostituta dos assírios (…) 
Por mais que te entregasses à prostituição, não te saciavas… Com os 
caldeus aumentaste ainda mais a tua prostituição (…) Que ódio Eu 
tinha de ti - oráculo do Senhor Javé - prostituta descarada! (…) 
Nem parecias uma prostituta que recebe pagamento mas mulher 
adúltera que recebe estranhos em lugar do seu marido. Às prostitutas 
costuma-se pagar. Tu porém, é que pagavas a todos os teus amantes. 
Tu é que lhes pagavas para que eles fossem (…) à tua casa 
procurar-te como prostituta. Fazias o contrário das outras prostitutas 
(…) Eras mesmo diferente das outras! (…) Pois bem, prostituta, 
escuta a palavra de Javé: (…) nas tuas prostituições, mostraste a tua 
nudez aos teus amantes e aos teus ídolos imundos (…) Vou reunir 
todos os teus amantes (…) contra ti. (…) Vou entregar-te nas suas 
mãos (…) Incendiarão as tuas casas (…) Far-te-ei acabar com a 
prostituição (…) À tua esquerda mora a tua irmã mais velha, Samaria 
(…) À tua direita, a tua irmã mais nova, que é Sodoma (…): 
ultrapassaste-as em depravação! Juro pela minha vida - oráculo 
do Senhor Javé - que (…) comparadas com todas as abominações 
que tu praticas, as tuas irmãs parecem santas. (…) Comparadas 
contigo, elas são inocentes. (…) Fizeste com que as tuas irmãs 
parecessem justas.” (Ez 16)
- Alongámo-nos de propósito na transcrição. É que esta obsessão por 
imagens sexualizadas, embora se possa argumentar que é tudo em 
sentido metafórico, continua a espantar-nos em textos inspirados 
por Javé! Seria, certamente, para que aquele “povo de cabeça dura” 
entendesse… O que é certo é que a palavra “prostituição” aparece 
aqui, num só capítulo, dezassete vezes! Não é um exagero, santo 
Javé?!

(Nota: mais comentários a este longo texto, na próxima mensagem).